Ordo Fratrum Minorum Capuccinorum PT

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updated 4:51 PM UTC, Apr 18, 2024

Resumo das atividades de JPIC

Os Frades Menores Capuchinhos como guardiães do ambiente na América Latina e no Caribe, encontro de animação JPIC em Santo Domingo, República Dominicana, 5-12 de junho de 2016

¡Miranda no se vende! ¡La Loma se defiende! Era esta a palavra de ordem comum com a qual os frades capuchinhos da América Latina protestaram contra a destruição e a comercialização do ambiente. Em decorrência da alarmante diminuição da floresta amazônica e outras florestas pluviais no mundo, o encontro dos capuchinhos de JPIC em Santo Domingo, na República Dominicana, decidiu empreender ações concretas para defender e proteger a nossa casa comum, nossa mãe e irmã, a Terra. Representando as três Conferências CCA, CCB e CONCM, os 20 frades provinham da Venezuela, Peru, Argentina, México, Equador, Guatemala, Honduras, El Salvador, Haiti, Brasil e da própria República Dominicana.

Ao término de uma semana de laboratórios sobre os valores de JPIC, à luz da Laudato si’, os frades decidiram empreender ações concretas para informar, integrar e inspirar os confrades na América do Sul e no Caribe. Como consequência, os frades decidiram cultivar uma profunda espiritualidade franciscano-capuchinha, que nos põe no rumo da conversão ecológica. Isso deverá ser realizado através da formação e da criação de uma casa internacional na Amazônia para concentrar-se sobre o problema ecológico.

Grito da Terra, Grito do Pobre: Assembleia dos frades capuchinhos pela Conferência Ásia-Pacífico PACC, Pontianak, Indonésia, 24-31 de julho 2016

“Grito da terra, grito do pobre” foi o tema da assembleia nacional de JPIC, Conferência Capuchinha da Ásia e do Pacífico, PACC. A assembleia aconteceu na casa Tirta Ria Retreat, em Pontinak, e reuniu 20 participantes das circunscrições da Indonésia (Pontianak, Medan, Sibolga, Kepulauan Nias), Filipinas, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné (e as Ilhas Salomão), Coreia do Sul e Malásia (OFS). Compareceram dois facilitadores dos departamentos de JPIC de Roma e da Franciscan International de Genebra. Uma discreta presença da polícia caracterizou o encontro, com mais de 15 policiais de ambos os sexos para proteger a sede. O objetivo da assembleia da PACC era animar – informar, integrar e inspirar os frades em relação aos valores de Justiça, Paz e Integridade da Criação (JPIC). Um objetivo ulterior da assembleia foi o de criar relações mais fortes de solidariedade e de colaboração entre os animadores de JPIC e PACC, e de criar uma rede regional com um objetivo e uma missão comuns.

Impulsionados pelo sucesso da assembleia e pelos crescentes vínculos fraternos, além das colaborações que daí derivaram, os delegados JPIC se comprometeram para que o apostolado e as instituições das diversas circunscrições da PACC sejam reforçadas pouco a pouco e melhoradas, além de que novas formas de manifestar solidariedade com os pobres e com a criação sejam abordadas com entusiasmo. Certamente, a presença de um grande número de agentes de segurança inicialmente suscitou desconforto, mas, ao fim do encontro, revelou-se enriquecedora para ambos os grupos de participantes. A maior parte deles era muçulmana, e eles aprenderam muito em relação ao nosso carisma capuchinho e, de modo particular, sobre os valores de JPIC. Além disso, os policiais participaram de diversas de nossas atividades, dentre as quais, visitar os pobres e plantar árvores juntos. Por isso, o nosso tema “Grito da terra e grito do pobre” tornou-se realidade não apenas para os participantes, mas também para os diversos policiais de ambos os sexos que estavam presentes.

“Um outro mundo é necessário: juntos, é possível”: a presença franciscana no Fórum Social Mundial em Montreal, Canadá, 9-14 de agosto”

Uma significativa multidão de cerca de 10.000 pessoas marchou pelas ruas de Montreal, Canadá, para o início do Fórum Social Mundial com o tema “Um outro mundo é necessário: juntos, é possível”. A multidão animada cantava e agitava faixas e bandeiras com diversos temas, que iam desde a defesa do clima aos direitos humanos, à solidariedade com os migrantes e assim por diante. Participaram da marcha diversos grupos provenientes de todo o mundo, incluindo indígenas, ONGs, organizações ambientais de base. A delegação franciscana fez notar sua contribuição participando com uma multidão de hábitos cinzas e marrons.

Criado em 2001 em Porto Alegre, Brasil, o FSM foi concebido como um espaço no qual um razoável número de movimentos pode encontrar-se, estabelecer vínculos de solidariedade e desenvolver ideais comuns e estratégias para uma mudança social. A delegação franciscana era pequena, mas visível com membros provenientes de todos os ramos da família franciscana, como OFM, OFMCap., OFMConv., OFS, Jufra, Irmãs franciscanas, Franciscan International e Francisans Action Network (FAN). Às 14 delegações membros, uniram-se também os franciscanos locais de Montreal, dentre os quais um bom número de frades capuchinhos. A delegação, por meio da FI, apresentou três importantes laboratórios sobre extrema pobreza, mineração e comércio, além de direitos humanos.

Seguindo as indicações dadas pelos franciscanos na cúpula climática Rio +20 no Brasil, a delegação decidiu concretizar tais indicações ao continuar a estarem presentes ativamente nestas três áreas de competência: mudança de estilo de vida (testemunho pessoal e coletivo), mineração e indústria extrativista (que extrai grandes quantidades de recursos naturais com efeitos sobre a população pobre e sobre o ambiente), importância e sustentabilidade do alimento (especialmente para os pobres).

Ao recordar que JPIC é parte do nosso DNA franciscano, a comissão internacional de JPIC encoraja os nossos frades capuchinhos dispersos pelo mundo a se unirem aos outros franciscanos para se comprometerem com as sociedades laicas, os grupos de outras religiões e os homens e as mulheres de boa vontade no diálogo sobre os pontos acima mencionados, com o objetivo de criar uma consciência cada vez maior, e ações coordenadas e de proteção. Enfim, as atividades de base, como o projeto ambiental “Casa arco-íris” em Pontianak, a missão médica dos Capuchinhos nas Filipinas, a Mesa de sopa em Detroit e diversas outras. Graças às sugestões oferecidas pelo Papa Francisco na Encíclica “Laudato si’”, colocamo-nos na escuta do “Grito do pobre e do grito da terra” (LS n. 48).