Ordo Fratrum Minorum Capuccinorum PT

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updated 3:11 PM UTC, Apr 22, 2024

Arsênio de Trigolo proclamado “Bem-aventurado”

Destaque Arsênio de Trigolo proclamado “Bem-aventurado”

Cardeal Amato: “Frei Arsênio era um sacerdote orgulhoso da sua vocação e do seu apostolado... Amava a oração o sacrifício, o trabalho. Era um valoroso mestre de vida espiritual e um exímio confessor”.

Milão, 7 de outubro. Em um belo dia de sol, no início do outono, o frade capuchinho Fr. Arsênio de Trigolo, fundador da Congregação das Irmãs de Maria Santíssima Consoladora, foi elevado à honra dos altares. O Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, ao lado do novo Arcebispo de Milão, Dom Mario Delpini, e de numerosos outros bispos, e na presença do Ministro Geral dos Capuchinhos, Fr. Mauro Jöhri, além de uma centena de frades e sacerdotes, presidiu o sagrado rito de beatificação, tendo sido delegado para este fim pelo Papa Francisco. A Catedral, com sua floresta de torres e a beleza de seus vitrais policromos, servia de cenário encantador à celebração extraordinária, acolhendo em seu interior uma grande multidão de fiéis, religiosas e frades, provenientes dos conventos da Lombardia e de diversas partes da Itália. Entre estes, merece uma menção particular o Postulador Geral da Ordem Capuchinha, Fr. Carlo Calloni, e seus colaboradores, aos quais se deve em grande parte o mérito desta feliz chegada da Causa do agora Bem-aventurado. Neste mesmo mês de outubro, de fato, um outro bem-aventurado, Ângelo de Acri, será canonizado em Roma, e no mês de novembro, um outro frade, Solanus Casey, o primeiro dos Estados Unidos, também será proclamado Bem-aventurado.

Algumas informações acerca da biografia do novo Bem-aventurado. Arsênio de Trigolo nasceu aos 13 de junho de 1849, em Trigolo (Cremona), e foi batizado com o nome de Giuseppe Antonio Migliavacca. Em 1874, foi ordenado sacerdote e destinado como coadjutor em diversas paróquias da Diocese de Cremona. Em 1875, pediu e foi-lhe concedido ingressar entre os Jesuítas. Mas, após várias experiências formativas, foi enviado a Veneza. A Companhia o demitiu. Foi, portanto, para Turim, onde foi encarregado pelo Arcebispo para acompanhar um grupo de aspirantes a religiosas: serão o primeiro núcleo da nova Congregação das Irmãs de Maria Santíssima Consoladora. De Turim, Pe. Giuseppe dirige-se a Milão para dirigir a comunidade das Irmãs aí residentes.

Após várias vicissitudes, Pe. Giuseppe pediu para ingressar entre os Capuchinhos e, após o ano de noviciado em Lovere (Bérgamo), onde assumiu o nome de Fr. Arsênio de Trigolo, em 1903 foi transferido ao convento de Bérgamo, onde permanecerá até o dia da sua morte, em 10 de dezembro de 1909.

Fr. Arsênio teve que sofrer muitas provas durante a sua vida terrena. A provação mais dolorosa foi a da demissão da Companhia de Jesus. Assim como quando estava na direção da sua Congregação, sobreveio novamente a prova, talvez a mais humilhante: em Milão, as próprias Irmãs, em base a falsas acusações, deixaram o Card. Andrea Ferrari na condição de ter que afastá-lo. Foi então que ele pediu para ingressar entre os Capuchinhos e, após o noviciado, continuou a se dedicar à pregação e às confissões, conservando e mostrando grande serenidade e ocultando o bem que tinha realizado em sua vida.

Em sua bela Carta, escrita aos frades por ocasião da beatificação de Fr. Arsênio, o Ministro Geral assim concluía: “o Bem-aventurado Arsênio de Trigolo se acrescenta à longa fileira de santos e bem-aventurados da Ordem, cada um com a própria história e com a própria peculiaridade. O Bem-aventurado Arsênio, na sua marca de jesuíta e de capuchinho, recorda a todos nós alguns elementos típicos de uma e outra espiritualidade. Ser inspirado pelo desejo de fazer tudo para a maior glória de Deus é o coração do ensinamento de Santo Inácio, enquanto que a perfeita alegria em levar as tribulações, as injúrias, as maledicências, sempre agradecendo a Deus, tendo reconhecido que, antes de amar a Deus, é Deus quem amou por primeiro, é Francisco quem ensina e forma. Nesta dupla veste, o Bem-aventurado Arsênio indica a nós, frades, que a primeira obra a ser cumprida é a fé em Cristo, a única coisa que dá glória a Deus, que, só na alegria, pode ser levada ao mundo”.

De sua parte, o Cardeal Amato assim disse na Homilia: “Frei Arsênio era um sacerdote orgulhoso da sua vocação e do seu apostolado de bem... Amava a oração o sacrifício, o trabalho. Era um valoroso mestre de vida espiritual e um exímio confessor”. “As virtudes da humildade e da caridade são as colunas sustentantes da sua espiritualidade”, disse o Cardeal. “Foi ele o primeiro a vivê-las”. Recomendava frequentemente: “Sede humildes, não temei em vos rebaixar”.

Ao término do rito, tomou a palavra brevemente Dom Delpini, novo Arcebispo de Milão, que contou ter conhecido a figura de Frei Arsênio, há muitos anos, em um retiro de Exercícios Espirituais. “Ele fez sempre o bem no escondimento, e acredito que hoje esteja fazendo alguma graça escondida. Aprendamos a ser-lhe gratos e a configurar a nossa vida às suas virtudes, de modo que tenha fruto”.

Vídeo:

Foto:

Material para baixar (em italiano):

Textos litúrgicos (em italiano) – 10 de dezembro

Aos responsáveis pelos sites e revistas

À sua disposição, colocamos todo o material da beatificação do Bem-aventurado Arsênio e outros materiais recolhidos nesta ocasião. Clicando no link abaixo, é possível acessar o Google Disk, onde se encontra todo o material em alta resolução: fotos e mais. O material pode ser utilizado (internet e impresso) em todas as publicações. Pedimos para indicar que o material provém de: Arquivo www.ofmcap.org

Google Disk – material do Bem-aventurado Arsênio

As fotos em alta resolução:

Última modificação em Terça, 24 Outubro 2017 00:09