Belém, Pará, Brasil — De 10 a 21 de novembro, em Belém, Brasil, ocorreu a COP 30, a maior conferência global das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas, um espaço de grande importância para escutar as vozes dos povos da Terra, bem como das pessoas mais afetadas pelas mudanças climáticas e pelos impactos socioambientais.
Nestes dias de encontro, a Igreja esteve presente com a maior delegação de sua história na COP: podemos, de fato, incluir vários cardeais e múltiplos organismos, exprimindo de modo sinodal a grande preocupação e atenção ao “cuidado da Casa Comum”, promovido pelos dois últimos pontífices:
https://www.cidse.org/2025/11/21/a-global-synodal-voice-for-ecological-conversion/ .
Como parte da delegação da Igreja Católica, esteve presente também um grupo numeroso de delegações franciscanas internacionais, com o objetivo de promover diversas atividades e debates, como a “zona azul”; a área das negociações; e o Vértice dos Povos, organizado em sinergia com vários movimentos e organizações sociais presentes. A Família Franciscana no Brasil também se mobilizou durante todo o ano com a “Peregrinação em Defesa da Casa Comum” em todas as suas regiões, permanecendo muito conectada com todo o processo da COP e estando presente por meio de alguns de seus membros.
Entre os franciscanos, houve a presença de alguns delegados capuchinhos; citamos dois nomes: fr. Benedict Ayodi, membro da Franciscans International de Nova Iorque, que representou o Ministro Geral; e fr. Marcelo Toyansk, representando os Frades Capuchinhos do Brasil através do serviço de JPIC da Conferência.
Parte da delegação franciscana foi hospedada no convento dos Capuchinhos de Belém, abrindo um espaço de fraternidade e diálogo profundo sobre o desenvolvimento dos temas discutidos na COP 30 e sua relação com nosso carisma.
A COP 30 concentrou-se no andamento das situações relacionadas às mudanças climáticas, tornando visível que a mitigação já não é mais suficiente. A Franciscans International acompanhou, no âmbito das negociações, o debate sobre o “fundo para perdas e danos” e sobre a “transição”, com uma perspectiva centrada nos direitos da natureza e na necessidade de transformar o sistema exclusivo e explorador em que vivemos. A presença da Família Franciscana foi muito enriquecedora no encontro, especialmente pela reflexão motivada pelo oitavo centenário do Cântico do Irmão Sol.
